segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A magia nossa de cada dia

  
  Vivemos, cada vez mais, em um mundo racional, onde as ideias e pessoas são mais pensadas do que sentidas. Eu sempre fui coração e me recuso a ver o mundo de maneira tão objetiva: o Sol não pode ser só a estrela principal do sistema do qual fazemos parte e ter como temperatura do núcleo de ~15,7 × 106 K. Para mim, o Sol é brincadeira em dia que o céu está azul, é poesia quando aparece em dia de chuva e nos traz cores, é deitar na grama, pensar na vida e adivinhar formas em nuvens. Mais do que ser racional, eu acredito que nós precisamos cada vez mais de magia no mundo: saber fatos não nos faz mais felizes, só tem nos tornado mais frios e desligados. 
  Percebo  a busca da magia do mundo, a fuga das leis da física e da química cada vez mais na literatura: se olharmos os livros mais vendidos ou os últimos lançamentos das grande editoras, perceberemos que em grande parte encontraremos livros sobre o fantástico, o sobrenatural. 
  O ser humano têm precisado acreditar que existe algo que não vê: se o mundo está cada vez mais explicado, buscamos crer em coisas que não são tangíveis, pois precisamos de coisas lindas e subjetivas para nos sustentar no trabalho cotidiano, no fazer as compras ou limpar a casa. Fadas, anjos, vampiros estarem na moda são um pedido de socorro de uma geração que sabe demais, mas precisa acreditar e sentir. 
  Eu, particularmente, adoro o sobrenatural, desde Marion Zimmer Bradley e a sua versão da corte de Arthur que exalta as mulheres e o que a gente tem de mágico, à Stephenie Meyer, com seus vampiros bonzinhos e pessoas que ainda acreditam em um mundo oculto de nossos olhos. 
  O nosso mundo é naturalmente fantástico, se pensarmos em como todas as coisas se encaixam perfeitamente, porém, saber explicar o porque dessa mágica, fez com que precisássemos de algo além, que os romances e aventuras de fantasia nos dão, nos permitindo suspirar por seres perfeitos como os anjos, ou romancear sobre lobos sarados que se apaixonam para sempre.

P.s. Falando em magia, a Paula do "Bookworms" está com uma promoção fantástica: ela vai sortear o livro "Julieta Imortal", com uma trama que promete ser incrível. Quem quiser participar, é só clicar aqui.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

I Desafio de leitura


 Eu sempre gostei de ler. Uma das primeiras lembranças que eu tenho é a de ficar deitada de bruços no sofá de couro marrom da minha antiga casa, com meus livros coloridos, as mãos segurando o queixo e as pernas para o ar. Desde os três anos a minha vida é assim: de bula de remédio a propagandas em muros, da Bíblia a livros infantis, passando por embalagens de shampoo no banheiro e trechos conhecidos, tantas vezes repetidos que foram decorados.
Como ávida leitora, posso dizer que existem autores, e história que nos marcam, e fazem com que vivamos as situações, e, muitas vezes, transformamos os personagens em companheiros, de tal forma, que dói quando nos separamos: as páginas têm sempre um fim. Foi assim quando eu acabei de ler Pássaros Feridos pela primeira vez, e assim também foi na semana passada, quando acabei de ler “O Reencontro” da Rosamunde Pilcher. Mas não quero falar desse livro agora.
Há uns dois meses, eu li “Miss Brontë” da Juliet Gael, sobre a vida das irmãs Brontë, o que me fez lembrar como eu adoro romance de costumes. Eu sempre amei a Jane Austen, “Orgulho e Preconceito” deve ser meu livro de cabeceira desde menina, mas nunca havia parado para pensar na proximidade dos romances dessas autoras, que apesar de não serem exatamente contemporâneas, desvendar as nuances e tramas da sociedade na qual estavam inseridas.
Fato é que eu sou péssima para lembrar de nomes e detalhes: posso amar uma banda, sem saber o nome de todos os álbuns ( isso deixa o marido louco) ou ver sempre filmes com uma mesma atriz, e não fazer ideia do nome dela. Assim, eu conhecer a obra de determinado escrito, não significa que eu conheça a biografia, e “Miss Brontë” foi um tapa na minha cara: conhecer a história de vida de Charlotte, Anne e Emily, assim como suas personalidades, fez com que eu tivesse outra perspectiva sobre o seus livros. Eu sei, eu sei que “Miss Brontë” é um romance, porém, tudo indica que a autora se manteve o máximo possível sobre os fatos das vidas as três, de forma que isso não invalida a minha proposta: ler um livro de cada uma, tentando encontrar a autora por trás da obra.
Para começar a jornada, passeando no sebo essa semana, comprei “A preceptora” da Anne Brontë ( o título original é Agnes Grey, não sei porque essa tradução esdrúxula), “Jane Eyre” da Charlotte Brontë e vou reler “O morro dos ventos uivantes” da Emily Brontë, com o qual tenho uma história de amor e ódio: a primeira vez que li, há uns dez anos, amei o livro, quase ficou na cabeceira, mas quando tentei ler de novo no começo do ano, antipatizei com todos os personagens e não consegui ir adiante.
Enfim, espero que vocês gostem da ideia, quem sabe alguém não adere ao desafio! :)

Update: Só para resumir o desafio, a ideia é ler os três livros, "A Preceptora" (Agnes Grey);  "Jane Eyre" e  "O Morro dos Ventos Uivantes" até o dia 29/02/2012. Se alguém topar, é só deixar um comentário avisando. Até agora, encaramos o desafio eu e a Patty, do Tanta Coisa!, que falou sobre o desafio aqui.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O Retorno

Bom dia meninas, e me desculpem pelo sumiço! Já faz um bom tempo que eu não posto e nem passo na "casa" de vocês, mas vou tentar colocar tudo em dia. Casar toma muito tempo, mais até do que eu pensei! Tem milhares de detalhes, desde escolher o bolo ao cabelo, cansa! Agora que esse período tumultuado passou, namorido agora já é marido e está trabalhando essa semana, de forma que não teremos lua de mel ( o dó!), vim aqui mostrar para vocês um pouquinho como foi o meu dia especial. E juro, parece clichê, mas eu estava me sentindo uma verdadeira princesa rsrsrs Vamos acompanhar?

A mesa do bolo
Eu empolguei na hora de jogar o bouquet e quase causei uma concussão ;)
 
O bolo e os noivinhos, uma das coisas que eu mais gostei.
A minha grande, barulhenta e amada família. Agora vocês sabem como todo o hospício é :)
P.s: Não postei isso antes porque o marido já começou o casamento me sacaneando: disse que era "rehab" e não pagou a internet, até cortarem!