segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Contra-cultura?


Eu acho que ando na contra mão do mundo: sou tão contraditória que nem eu me entendo. O que eu acho engraçado é eu ficar menos careta depois de velha, às vezes me surpreendo com o nível de conservadorismo que ando vendo em mim: critico muitas pessoas que ainda fazem ou que eu fazia 10 anos atrás, como cair de bêbado na rua, fumar ou viver de beber o que os outros dão. Sim, eu já fiz isso quando era nova, mas não me serve mais. Acho que fiz a travessia e me pego pensando sobre quando as pessoas que eu já chamei de amigos a farão. Será que eles nunca vão crescer? Será que dá para passar o resto da vida sendo sustentado, na casa da mãe, e tendo como único objetivo saber tudo de um ídolo qualquer? Dá? Para mim, não deu.
Mas eu acho que sofro de algum tipo de “excesso de responsabilidade e culpa”: me sinto culpada por tudo, me preocupo com todo mundo, quero sempre fazer o que é certo. Não é saudável, mas é o meu jeitinho, até aí, tudo bem. O que mais me choca é o quanto eu ando crítica: em um plano racional eu sei que não devia pensar mal das outras pessoas por não fazerem a mesma escolha que eu fiz, mas, por outro, será que é pedir muito querer que um cidadão de 30 anos pague as próprias contas? 
Não sei, muitas dúvidas nessa segunda-feira! 
Boa semana para vocês :)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Sobre a passagem dos anos

Penso que a noção de tempo é uma medida arbitrária.O calendário segue em frente inexoravelmente, um dia dá lugar a outro, a um mês, a um ano e, de repente, você está mais velha. Ninguém te pergunta o que mudou, se você está mais experiente ou se viu alguma diferença, os números simplesmente mudam e você é quem deve se adaptar a eles. Podem me chamar de estranha, mas eu nunca vi muito sentido nisso. Algumas pessoas se deixam levar pela idade: mudam o corte de cabelo, a roupa, o jeito de pensar, de falar e adquirem uma nova "compostura". Eu simplesmente passo pelos  anos: se sinto que preciso mudar, mudo, independente do esperado, do normal. Acho que trocar de idade deveria ser um pouco assim: hoje me sinto mais cansada e parece que carrego o mundo nas costas? Tenho 80 anos! Amanhã, se acordar leve, saudando os raios de Sol e rindo para um novo dia, tenho 8 de novo e está tudo bem. Assim, preciso izer: hoje os meus 26 não me pesam em nada, acordei tão tranquila e satisfeita quanto com 21, me senti tão livre como aos 18, executei minhas tarefas com a eficiência de alguém de 35 e vou dormir e sonhar como só um inocente consegue.A vida fica mais leve assim, um dia de cada vez, uma idade para cada dia.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Um pé de quê?

Eu não sou muito ousada. Geralmente, como nos mesmos lugares, viajo da mesma forma, me visto de maneira previsível. A única coisa que normalmente me permito fazer, é, quando vou a um mercado diferente do habitual, comprar frutas que nunca comi. A  primeira tentativa foi azeda: não recomendo grapefruit para ninguém. Por outro lado, adorei a mais recente: mangostim. Convenhamos que isso nem nome de fruta é né?! Imagino logo um crustáceo. Mas a danada é gostosa!
A melhor definição seria, na minha opinião, uma fruta do conde com gosto de jabuticaba rsrs Pesquisando na internet depois que já havia comprado, descobri que além de ser muito gostoso, ela é anti-oxidante, anti-inflamatória e anti-cancerígena, é mole? Além disso, parece ser ótima para quem tem colesterol alto.  Eu recomendo! E você, já comeu mangostim, mangostão ou mangosteen?

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

"O amor é bom, mas é melhor o sono." (Fernando Pessoa)


 Uma boa noite de sono, para nós, é a tradução mais literal que eu conheço de amor verdadeiro. É encantador ver como nossos corpos se movem para se encaixar, e como eles se procuram naturalmente, quase como se fossemos um o satélite do outro. Com esse meu sono leve, nada me deixa mais feliz do que acordar ao perceber que suas mãos procuram minha pele por baixo da roupa ou como nós quase caímos da cama porque não conseguimos ficar longe um do outro. Me emociona ver que, enquanto você dorme profundamente, se eu te beijo, ou falo que te amo, você sempre retribui. Não importa quão tarde você vai deitar, ou quão cedo o durma: é de sorrir ver que nós sempre acabamos na mesma sintonia. Você fica tão bonito dormindo, o rosto tão calmo, como o menino que eu conheci seis anos atras, que às vezes me dói sair para trabalhar e perder a nossa dança nos lençóis. Confesso que às vezes até seu ronco me parece encantador, pois se estou inquieta ou com insônia, o barulho ritmado da sua respiração me acalma e eu consigo cochilar, mergulhada na paz e tranquilidade que você emana. Você é meu bálsamo, meu polo positivo, meu sossego.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Você tem sede de quê?

Dizem que o importante é ter foco. Que se estivermos concentrados em um objetivo, se nos preparamos para ele e não desviarmos nossa atenção, são poucas as coisas que não conseguimos alcançar. Algumas pessoas se concentram em ficarem mais ricas, outras colocam como meta ficarem mais magras, mais jovens, ou mais bonitas (de preferência todos de uma vez!). Existem aquelas que buscam viajar, aprender línguas ou encontrar o amor verdadeiro. Eu não sou de nenhum desses tipos: com certeza eu poderia me beneficiar em ser mais rica, mais magra ou mais viajada, mas minha ambição é de outro tipo - ler. Há quem diga que é um passatempo agradável, mas infrutífero, mas eu não me importo: tenho até lido menos nos últimos anos por falta de tempo, mas não de vontade. Para me manter "focada", de vez em quando invento umas maratonas, e às vezes até convenço algumas de vocês a virem junto comigo. Espero que vocês animem dessa vez.  Vamos lá...

Mais ou menos uns quatro anos atrás, logo quando descobri que existiam os ebooks, baixei uma série de livros da Marion Zimmer Bradley, de quem gostava miuto de ler "As Brumas de Avalon" e "A queda de Atlântida" vezes sem conta... Desgraçadamente, o livro que eu baixei, da série Darkover, era chato e a história começava na metade, então resolvi pesquisar para saber como a saga começava, para que eu entedesse, e talvez gostasse. Pois bem, procurando pelo nome da autora na Wikipedia, achei o seguinte trecho:
"Os livros "A Queda de Atlântida: A Teia da Luz e A Teia das Trevas", "Os Ancestrais de Avalon", "Os Corvos de Avalon", "A Casa da Floresta", "A Senhora de Avalon", "A Sacerdotisa de Avalon" e "As Brumas de Avalon" são melhor compreendidos se lidos na ordem apresentada. Na seqüência apresentada, cada livro completa o outro, criando uma mitologia da criação de Avalon, através da reencarnação de personagens importantes, desde da Atlântida até a época do Rei Artur".
Advinhem se a mosca da curiosidade não me picou?! Naquela ocasião não tinha possibilidade de comprar os livros e acabi esquecendo. Eis que 15 dias atrás me lembrei disso e resolvi encarar o desafio: comprei todos os livros na Estante Virtual e estou lançando o desafio agora, vamos ler na sequência e ver com fica?