sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Escolhas


Eu fiz uma escolha consciente: te amar. Escolhi porque sou egoísta e também porque eu quero ser feliz. Se qualquer um poderia ter meu corpo, só você me aquece a alma. Quando decidi me dar a você, decidi também negar a minha natureza: me neguei outras pessoas, outras possibilidades de finais , mas escolhi mesmo assim por pensar que você era o único final feliz possível. E é isso que eu tenho tido nos últimos quatro anos: chances, chances de conhecer a normalidade, a paz, o amar. Se me pego pensando em coisas ruins e auto-destrutivas, é só lembrar do jeito que você me olha, de quanta adoração você me dá, para que minhas forças se renovem. Porque eu sei, no mais profundo do meu ser, que você precisa de mim. E eu, eu preciso de você para me manter sã e, principalmente, viva. Eu tentei fugir, quis lutar contra esse destino iluminado que, eu sei, é o que me espera ao seu lado: constância, ondas contínuas de familiaridade e calor. Quis reviver as sombras, o prazer e a inconsequência, mas no fim do dia tudo o que eu queria era estar nos seus braços, cheirar seu pescoço e ter a certeza de que você me aceita. Porque você sabe, você sabe que eu sou despedaçada: eu choro sem motivos, rio sem vontade e me sinto incompleta. Não sei o que me fez assim, talvez algumas pessoas simplesmente nasçam torturadas. O que eu sei, e soube desde o momento em que você entrou na sala de aula e me deu aquele sorriso tímido e desinteressado é que você é a única pessoa que pode me fazer bem. Não sei o que o futuro nos reserva, não sei quanto tempo eu vou vier, se seremos ricos ou largaremos tudo para morar na praia como a gente gosta de imaginar: o que eu sei é que eu escolhi você, escolhi qualquer que seja a vida que eu possa ter ao seu lado e eu te peço, mesmo que eu vacile, olhe para trás algumas vezes, que eu surte, grite e esbraveje, nunca me deixe esquecer que você é a minha escolha. Todo dia. Amor é compromisso.