sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Viajar de trem

Oi meninas, sei que estou sumida, mas estou de férias e acabei por me desligar quase completamente do computador, o que tem sido muito saudável. Hoje vim contar para vocês sobre a primeira parte das minhas férias: estivemos em Curitiba e aproveitamos a viagem de trem até Morretes e, acreditem, vale a pena!
Marido e eu na estação
Acho que o trem tem seu próprio ritmo, as paisagens são deslumbrantes e o barulho e o balanço suave te embalam, levando a mente a um outro nível de relaxamento.

Me deu um pouco de nostalgia, confesso que fiquei triste por não encontrar todo mundo vestido com roupas de época, e olha que o  passeio pela história continuou como desembarcamos, mas isso é assunto para o próximo post!


O que: Viagem de trem Curitiba X Morretes
Quando: O trem tem saídas diárias às 08:15, com duração de três horas.
Quanto: Na classe turística, R$74,00 por pessoa. Com direito a um lanchinho gostoso e um guia em português, muito agradável!!!
Como: O trem sai da estação rodoferroviárias, e a passagem deve ser adquirida da Serra Verde Express.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Sobre dores e crescer

Vocês já se lembraram de coisas que vocês esqueceram que alguma vez gostaram? Vive me acontecendo isso. De repente, em uma conversa, lembro de um filme que eu amei há anos e nunca mais reassisti. Ou ouço uma música cuja letra eu sei de cor, com a qual minha cabeça balança eu me fez ter vontade de dançar e eu nem lembrava que existia. Creio que são retratos das pessoas que eu fui ao longo dos anos. Como é estranho perceber o quanto a gente muda! 
É engraçado como eu ando obcecada com esse tema: o tempo. Nos últimos meses eu entro e saio do assunto, tentando entender quais escolhas me transformaram na pessoa que eu sou hoje, e perceber se eu gostaria de ser diferente. Não sei aonde ouvi esses dias, (ou será que vi no facebook?) a criança que você foi ficaria orgulhosa do adulto que você se tornou? Honestamente? Acho que a criança, sim. Talvez não a adolescente cheia de revolta e certeza de saber como os outros deveriam viver, mas a criança inteligente, meiga e sabe-tudo que eu fui me entenderia, e por isso, tenho tentado me reconciliar comigo mesmo, com todas as suposições que eu fiz sobre a minha própria vida e sobre a o que ela virou quando a realidade se impôs. Uma vez por semana eu tenho vontade de sair correndo, de não precsar pensar, cozinhar ou pagar as contas: eu quis tanto crescer e hoje só queria ser criança de novo. Esses dias passei horas pensando em umas férias específicas quando eu tinha uns catorze anos em que eu aluguei umas 10 fitas vhs e fiquei dias trancada no quarto, embaixo dos cobertores, só saindo para comer porcarias, sem querer encontrar ninguém. às vezes, meu equilíbrio é assim frágil, depende do silêncio e da solidão. Hoje cismei com a época em que quando eu tinha cólicas muito fortes simplesmente ficava deitada, de bruços, até a dor passar, só pensando...
Às  vezes queria poder fazer isso de novo: ficar deitada só esperando a dor passar. Mas a realidade me chama, e eu tomo pílulas que curam meu útero mas atacam meu estômago.  O trabalho precisa ser feito. O mundo não pára para que eu me cure.