sábado, 18 de junho de 2011

Sobre o meu dia dos namorados


Romance: o gênero literário, o tipo de filme, o perfume da Ralph Lauren... Tantas coisas grandiosas incluídas em uma palavra tão pequena e, ao mesmo, tanta coisa superestimada e a origem de tantos problemas – na maioria das vezes, interiores. Eu, como 90 % das mulheres do mundo, me considero romântica: eu choro em filmes, torço pela mocinha e sempre, sempre leio livros de banca de revistas, esperando que a vida cotidiana sofra mudanças tão espetaculares quando eles. Gosto de drama, de lágrimas, de demonstrações públicas de afeto, de surpreender com gestos inesperados e no caminho fazer a alegria de outras pessoas. No fundo, acho que grande parte dos meu relacionamentos deu errado pelo tanto de expectativas que eu sempre despejei no outro, e agora, eu comecei a pensar que criar expectativas é o jeito mais fácil de ficar frustrado. Então que domingo foi dia dos namorados, e só hoje eu achei jeito de falar no assunto: eu comprei um livro pro namorido que tenho certeza que ele amou, pois eu o observei por meses e guardei retalhos de informação – e u gosto de demonstrar cuidado com os presentes que eu dou, interesse pelo outro, acho lindo gastar meses queimando o cérebro até ter a ideia do “presente perfeito”. Já namorido é bem mais desligado – talvez por ser homem? O pobre já sofreu horrores na minha mão – como quando eu cismei que ele tinha que ler um romance histórico de revista pra ver o quão bom era e compartilhar meu hobby (tá, hoje eu percebo a futilidade e tortura contidas no gesto), mas ele também já aprontou muito comigo. Sério, quer um exemplo? Namorido não é santo: uma vez me deu uma blusa que não tinha absolutamente nada a ver comigo, mas que eu pretendia usar contente e feliz, até ele soltar a frase fatídica:
Você tem certeza que gostou? Minha mãe que escolheu e eu sabia que você não ia gostar, porque não combina com você...
O que dizer de alguém tão ingenuamente sincero? Não soltei os cachorros em cima, mas fiquei meses com isso na cabeça e até hoje de vez eu quando brinco com isso com ele, que nega até a morte.
Tudo isso para contar com vocês que eu não fiz nada de especialmente diferente no domingo do dia 12, não jantei fora, não fiz nenhum passeio agradável, só cuidei do meu ninho, do namorido e até lavei roupas, mas meu dia foi maravilhoso: pela primeira vez, depois de 4 anos e 9 meses de namoro, ele me deu um buquê! Um lindo buquê de rosas vermelhas que, como mais bonito ainda, tinha o cartão com uma mensagem linda, e que me faz lembrar, todo dia, porque eu amo tanto esse homem! Espero que vocês todos, onde quer que estivessem no dia dos namorado, tenham celebrado antes dos presentes bons ou ruins, o amor todo que a gente recebe: seja ele de namorado, mãe, amigo ou vizinho. Que nós todos sejamos ainda mais amados no ano que vem!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Limpando o bar



Se o cachorro é o melhor amigo do homem, a da mulher com certeza é a faxineira. Eu faço a limpeza semanal, passo por cima na verdade, mas na hora de limpar e armário da cozinha e lavar vidros não tem jeito, apelo para a Super-Lu. O problema é que ela vem apresentando um comportamento no mínimo peculiar: nas primeiras vezes que ela limpou a casa, ficou tudo cheirosinho e brilhante, agora nós estamos começando a ter uns probleminhas, certeza que ela faz parte da Sociedade Secreta das Diaristas. Para começar, a Lu só vai o dia que ela quer e na hora que ela pode, o que basicamente significa que ela trabalha nos horários mais estapafúrdios do universo, incluindo as nove horas da noite de uma quinta-feira. Além disso, começamos a perceber uma certa atração entre ela e as minhas bebidas alcoólicas: da primeira vez, foi uma latinha de cerveja, na segunda, meia garrafa de vinho, e da última – e mais triste, tenho que dizer, ela tomou alguma quantidade da minha garrafa de Johnnie Walker, quantidade essa impossível de precisar pois a mui querida pessoa encheu o vazio com água!!!! Agora, pensa em Mayara com convidados especialmente chamados para experimentar o bendito whisky e o negócio aguado. Pára tudo, que carão! O problema maior não é nem a minhas estimada coleção de caninhas, mas o fato de que o namorido tem certeza de que ela fica bêbada e ai estraga as coisas: copo quebrado, a TV de lcd arranhada, e milhares de coisinhas pequenas que fazem com que ele brigue comigo, afinal, sou eu quem contrato a faxineira. Não consigo demitir e nem sei como repreender. Também não arrumo outra faxineira porque não sei onde. Alguém me socorre? com a minha faxineira atual, a parte mais limpa da minha casa é o armário de bebidas!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Trivial

É isso que eu quero ser hoje. Não estou com vontade de falar de sentimentos profundos ou irrealizáveis, hoje só vim contar para vocês um pouco da minha alegria cotidiana, falar sobre como foi bom o meu fim de semana e reclamar-elogiando do frio de Poços de Caldas. Para começar, vou contar que eu voltei na nutróloga, e estou satisfeita com o resultado da reeducação alimentar: em 1 mês, perdi 3 kgs e 4,2 cms na barriga. Considerando que eu comi errado várias vezes e pratiquei bem menos exercício do que devia, estou contente! Na sexta-feira, chegou meu vestido de noiva. Não sei se eu contei para vocês antes, mas eu o comprei pela internet então estava uma pilha, com medo de ser uma porcaria ou parecer cortina. Nervos exaltados e lágrimas copiosas por achar que ele não iria servir, dormi muito mal até sábado às 07 da matina, quando minha santa mãezinha foi acordada com a missão de me ajudar a experimentá-lo ( namorido não podia ver, óbvio)! Experimentei, gostei e ele ficou gigante! Sério, eu achava que tinha muito peito, mas as americanas me deram um banho. Vou ter que apertá-lo, mas mai para frente, porque pretendo perder mais uns quilinhos até o casamento.
No sábado, passei o dia todo com a minha mãe cuidando  de detalhes do casamento: parece que está muito longe, mas nós temos que pensar em tantos detalhes que quem nunca casou nem imagina, principalmente porque eu resolvi fazer um casamento completamente diferente de todos aos quais eu compareci: vou casar no civil na sexta-feira, bem privado e simples, e nó sábado faremos uma festa para celebrar o momento. Como eu sou espírita e não existe o casamento como ritual, estou rebolando para montar uma coisa bonita, emocionante e que ao mesmo tempo não fuja dessa proposta. Assim, escolhi copmo tema o cinema, assunto pelo qual tanto eu quanto namorido somos apaixonados, e estou trabalhando toda a decoração e a trilha sonora, além de convidar meus convidados a vestirem, se quiserem, seus personagens favoritos. Acho que vai ser divertido, aos poucos vou mostrando os detalhes para vocês. 
Sábado à noite, namorido me fez assistir Aliens 3. Não sei como vocês fazem em casa, mas nós sempre pegamos dois filmes diferentes para que os dois fiquem agradados e infelizes ao mesmo temp: nosso gosto não combina absolutamente rsrss Uma pizza depois (ai minha cintura) capotamos os dois encarangados de frio, que fez 6° em Poços de Caldas. O domingo foi gelado e initimista: que saudades eu tenho de poder dormir depois do almoço, acordar com o da indo dormir. 
Espero que o fim-de-semana de vocês tenha sido amoroso, tranqüilo e feliz, e que assim seja o resto da semana! Um abraço para todo mundo que passar por aqui.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quem se diverte não tem tempo de tirar foto.

Há meses eu venho ruminando esse tema, tentando digeri-lo para contar a vocês o que exatamente eu penso, mas o fato é que o título resume basicamente tudo: quem se diverte não tem tempo de tirar foto. É uma tendência crescente a multiplicação das máquinas fotográficas - disso todo mundo sabe. Hoje em dia qualquer um pode ter a preços módicos uma máquina digital, que não exige gastos com revelação, por um simples cabo as imagens daquele momento superespecial estão no computador e à disposição de sua divulgação, pela internet. Não me entendam mal, não é o caso de ser elitista ou defender que essa popularização é negativa, o caso é que as pessoas deixaram de se divertir para registrar o momento, de tal forma, que o objetivo de uma reunião as vezes deixa de ser a convivência com as pessoas amiga e passa a fotografar mostrando o quão divertida aquela reunião estava para mostras aos outros. Quem nunca ouviu a famosa frase: "- Olha pra mim, faz cara bonita que essa vai pro orkut!" e sua mais diversificadas variações? Ora, se você tem um adolescente q ue seja na sua lista de contato, dá uma olhadinha no álbum dele. Eu garanto, você vai encontrar pelo menos um álbum com fotos das mesmas pessoas, no mesmo lugar, fazendo careta, biquinhos, se olhando no espelho, ou fazendo coraçõeszinhos com a mão. Além de transformar a arte de fotografar no maior clichê possível, situações como essa demonstram um mal da modernidade ( ou seria da humanidade?) já que não existem mais espaços privados de convivência, a qualquer hora, em qualquer reuniãozinha familiar você pode ser clicada, e sua localização no sábado à noite nunca mais será incólume. Por falar em reuniões familiares,não sei como funcionam a de vocês, mas a verdade é que na minha essa mania de fotografia já causou vários problemas: eu tenho uma tia que gosta particularmente muito dessa maquininha, e que, portanto, não deixa ninguém se divertir nas festas, porque mais do que retratar tais momentos, ela faz questão de guiar os fotografados. Assim, enquanto todos não saem com a cara que ela imaginou, ou na pose que idealizou ela não dá sossego para que haja conversa ou convivência, de forma que a sua maquininha se tornou não só a alma da festa, como a figura central de arranca-rabos homéricos. Esse pequeno desabafo é só um apelo para que todos se divirtam mais e fotografem menos: no futuro, contemos a nossos filhos e netos das risadas que demos na festa de aniversário da vovó, e não como determinada foto ficou especialmente bem tirada ou divertida.