Essa foto do seriado "Revenge" é só para vocês verem o abajur de coral da Amanda/Emily que a mineira aqui adoraria ter! |
Eu sempre tive curiosidade de saber por que o que falta é tão valorizado pelo ser humano. Raras são as pessoas que conseguem percebem o valor das coisas enquanto as possuem: na maior marte das vezes, só conseguimos enxergar como elas nos eram caras quando elas nos faltam. É assim para todo o tipo de elementos: de pessoas a roupas velhas, custamos a notar o quanto algumas coisas nos eram caras até o momento em que elas deixam de fazer parte de nossa vida.
Eu estava pensando ainda hoje sobre um exemplo dos mais bobos : alguém me explica aí por que é que mineiros gostam tanto de praia? Nós temos montanhas, uma imensidão de território com todo tipo de vegetação e clima imagináveis; nossa culinária é incrível e muito imitada – quem aí nunca comeu num restaurante de “comida mineira” autenticamente feita em qualquer lugar bem longe do meu querido estado? A única coisa que falta às minhas Minas Gerais é um litoral, e, talvez por isso, nós aqui da terra do “uai” gostemos tanto de subir a serra. Não sei se vocês já ouviram algo sobre isso, mas conseguimos inclusive “mineirar” a praia, quem nunca passou um feriado assando e empanado na areia, sob o conhecido “sol de mineiro”? Para quem num entendeu nada, um dia de sol de mineiro é aquele cheio de mormaço e um pouco chuvoso, em que o cidadão esperto ou fia em casa ou se reboca de protetor solar, mas sempre tem um bendito mineiro aproveitando o clima, e correndo atrás do guarda sol, por causa da ventania. Falei antes sobre comida não é? Temos o tropeiro, o tutu, os doces artesanais, a cachaça e o hours concours pão de queijo. Mas vira e mexe você vê mineiro passando mal por causa de uma caldeirada, ou intoxicado de tanto camarão que comeu. Só porque raramente se apresenta a oportunidade desse tipo de cardápio por essa bandas. Nós mineiros, para sermos completamente felizes, precisaríamos de um pedacinho desse imenso litoral que é o brasileiro, mas enquanto isso não vem, nós continuamos invadindo a sua praia: a sua do paulista, do carioca ou do baiano. Ainda bem que o povo brasileiro é solidário com essa gente que entende tudo de queijo, e muito pouco, de marolas e arrebentações.