Romance: o gênero literário, o tipo de filme, o perfume da Ralph Lauren... Tantas coisas grandiosas incluídas em uma palavra tão pequena e, ao mesmo, tanta coisa superestimada e a origem de tantos problemas – na maioria das vezes, interiores. Eu, como 90 % das mulheres do mundo, me considero romântica: eu choro em filmes, torço pela mocinha e sempre, sempre leio livros de banca de revistas, esperando que a vida cotidiana sofra mudanças tão espetaculares quando eles. Gosto de drama, de lágrimas, de demonstrações públicas de afeto, de surpreender com gestos inesperados e no caminho fazer a alegria de outras pessoas. No fundo, acho que grande parte dos meu relacionamentos deu errado pelo tanto de expectativas que eu sempre despejei no outro, e agora, eu comecei a pensar que criar expectativas é o jeito mais fácil de ficar frustrado. Então que domingo foi dia dos namorados, e só hoje eu achei jeito de falar no assunto: eu comprei um livro pro namorido que tenho certeza que ele amou, pois eu o observei por meses e guardei retalhos de informação – e u gosto de demonstrar cuidado com os presentes que eu dou, interesse pelo outro, acho lindo gastar meses queimando o cérebro até ter a ideia do “presente perfeito”. Já namorido é bem mais desligado – talvez por ser homem? O pobre já sofreu horrores na minha mão – como quando eu cismei que ele tinha que ler um romance histórico de revista pra ver o quão bom era e compartilhar meu hobby (tá, hoje eu percebo a futilidade e tortura contidas no gesto), mas ele também já aprontou muito comigo. Sério, quer um exemplo? Namorido não é santo: uma vez me deu uma blusa que não tinha absolutamente nada a ver comigo, mas que eu pretendia usar contente e feliz, até ele soltar a frase fatídica:
Você tem certeza que gostou? Minha mãe que escolheu e eu sabia que você não ia gostar, porque não combina com você...
O que dizer de alguém tão ingenuamente sincero? Não soltei os cachorros em cima, mas fiquei meses com isso na cabeça e até hoje de vez eu quando brinco com isso com ele, que nega até a morte.
Tudo isso para contar com vocês que eu não fiz nada de especialmente diferente no domingo do dia 12, não jantei fora, não fiz nenhum passeio agradável, só cuidei do meu ninho, do namorido e até lavei roupas, mas meu dia foi maravilhoso: pela primeira vez, depois de 4 anos e 9 meses de namoro, ele me deu um buquê! Um lindo buquê de rosas vermelhas que, como mais bonito ainda, tinha o cartão com uma mensagem linda, e que me faz lembrar, todo dia, porque eu amo tanto esse homem! Espero que vocês todos, onde quer que estivessem no dia dos namorado, tenham celebrado antes dos presentes bons ou ruins, o amor todo que a gente recebe: seja ele de namorado, mãe, amigo ou vizinho. Que nós todos sejamos ainda mais amados no ano que vem!
4 comentários:
Oi Mayara! Penso que se ele tivesse roubado uma rosa o efeito seria o mesmo. O presente não importa e sim o sentimento. Tem gente que vive em um falso casamento e ganha um carro de dia dos namorados. Tem graça isso? Enfim, você entendeu o que eu quis dizer, né? Estou meio do contra hoje... Bjs.
Oi Mayara...cheguei aqui no seu blog não sei como...rsrsrs..e adorei. Nossa me identifiquei muito com os seus textos e com os teus sentimentos... qdo vi ja tinha lido quase todos os post. Sou arquiteta e tbm tenho um blog...que fala de arquitetura..mas tenho muita vontade de ter um blog p/ falar de coisas assim...colocar p/ fora o que sinto..particularmente gostei mais do post que fala sobre "peso" e a falta de ämigos". bjss e bom final de semana p/ vc...
Rosasss!!! que lindoo!!!!! Foi um bom dia, então! beijos
Oi Mayara! Sobre a série Pretty Little Liars: já me falaram que é muito diferente dos livros. Eu, pessoalmente, recomendo os livros, que são excelentes. E o blog, menina, nenhuma novidade?
Beijinhos!
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