segunda-feira, 14 de março de 2011

Que tipo de amigo você é?

"Amizade é quando você  não faz questão de você  e se empresta aos outros."
Adriana Falcão



Não estou pretendendo nesse texto fazer uma análise profunda sobre quais são os tipos de amigos que existem, mas algumas coisas me acontecem me fazem pra pensar em várias histórias que me ocorreram ao longo da vida, e quem me levam a acreditar que eu sou uma amiga pra horas difíceis.
Não entendeu nada? Vou tentar exemplificar pra ficar mais claro: há uns anos atrás uma pessoa que eu considerava minha melhor amiga engravidou. Menina novinha, 17 anos, não namorava o cara, pai bravo, cidade pequena... todo aquele contexto clichê que vocês devem imaginar. A menina chorava, eu consoloava, fui no médico, comprei teste de gravidez, ajudei a contar pra mãe, tomei dramin de manhã na casa ela pra não perceberem que quem tiha enjôos era ela... enfim, fiz o que pude e mais pra poder ajudar, inclusive oferecer miha casa quando a fera do papai queira expulsá-la da del. Certo, o bebê nasceu, o vovô ficou mais calmo, já que os dois começaram a namorar e aquela coisinha linda não tinha culpa de nada, blá blá blá. Fiquei feliz por ela, fiquei de verdade, só que o que aconteceu depois me deixou meio “esquisita” e ainda alguna fatos viraram tabu lá em casa: quando eu quis visitá-los no hospital para ver o neném, a mãe dela me disse que talvez não fosse o momento mais conveniente, já que tinha uma van inteira lá, dos amigos dela na faculdade visitando, e que uma pessoa a mais poderia mais atrapaloshar do que ajudar. Levei numa boa, realmente, questionei o bom senso de pessoas que montam uma van pra visitar um recém-nascido no hospital, enfim, passou. Alguns meses depois, houve o batizado do bebê (aliás, um dos bebês mais lindos que eu já vi, no orkut), eu nunca fui convidada. Não esperava ser madrinha, nem nada, mas achei que como amiga que era, receberia pelo menos um convite. Não foi dessa vez. Quando a menina fez um ano, houve uma festa como nunca foi vista por aqui: vovô orgulhoso, netinha linda, festa cheia, muita comida e bebida no melhor lugar da cidade. Advinha que não foi convidada? Eu só descobri a festa porque comentaram com a minha mãe que haviam sentido nossa falta lá, depois de toda a força que havíamos dado. 
Depois disso, que aconteceu há uns 4 anos, eu tenho analisado bastante, e estou bastante certa de que eu sou uma amiga pra horas difíceis. Várias vezes já salvei essa amiga de enrascadas, dando a cara a tapa, tantas outras emprestei meus ombros pra vários outros amigos que, depois de recuperados, milagrosamente desapareciam. 
Não me levem a mal, eu gosto de saber que as pessoas confiam e gostam de mim, que sabem que podem contar comigo independente da situação, mas, às vezes,só às vezes, eu queria que me chamassem pra coisas boas também, olha só: um casal de amigos meus vivia brigando, chegaram ao cúmulo de sair no braço, e sempre, os dois, me procurando pra se reconciliar, pra ajudar, pra dizer o que faz, quando ficaram bem, felizes e sorridentes, nunca mais encontrei. 
Depois de tudo dito, acho que desenvolvi uma teoria: existem amigos com quem gostamos de sair, outros, que nos fazem bem na satidade do nosso lar, tomando vinho e colocando o papo em dia, sobre outros tudo o que posso dizer é que são os melhores pra rir com a gente, e finalmente, existem os amigos como eu, aqueles de quem só lembramos quando acontece algo ruim na nossa vida, e sabemos que podemos contar com eles. Como eu já disse, não me incomodo de emprestar o ombro, ele tá aqui é pra isso mesmo, mas por favor, não se esqueçam de mim na hora da cerveja gelada, ou da viagem de férias, ou de contar as risadas.

5 comentários:

Unknown disse...

Oie, passando para desejar uma ótima semana e avisar que tem selinhos pra vc no meu Blog. Passa lá!
bjs

Anônimo disse...

May, infelizmente, as vezes as pessoas tem mesmo essa mania: quando tudo está bem, elas fogem, quando as coisas estão ruins, elas aparecem...mas continue agindo do jeito que vc acha correto, pois vc está sendo fiel a si mesma e isso é o que interessa; Beijos

Anônimo disse...

Oi Mayara, obg por esta frase no seu ultimo comentario: "Julgue-se sempre com a mesma benevolência que julga os outros." Ela é realmente útil pra mim e vou anotar no meu caderninho de pensamentos. :)

Com realçao ao seu post, eu te entendo perfeitamente, e duvido se pessoas assim são realmente nossas amigas, acho q somos amigas delas, mas o vice-versa nao se aplica aqui.

Eu conheço uma pessoa assim, q me procurou umas 2 vezes qdo precisava de conselhos e depois sumiu, e quer saber, eu me chateei com isso. Não tenho por ela a msm consideração.

Sentir-se triste por estas coisas é normal, portanto, oq te digo é q valorize quem reconhece o seu valor. Beijo grande!

Flávia Shiroma disse...

Mayara,

Muito triste seu post.

Fico triste com histórias assim como esta da sua (colega) amiga que engravidou.

Na verdade, não entendi porque ela não te convidou para o batizado nem para o aniversário de um aninho da filha dela.

Para mim é muito difícil entender esse tipo de comportamento.

Poderia ficar aqui horas analisando e justificando: depressão pós parto, imaturidade, etc... mas não vale a pena.

Que bom saber que você continua com os seus ombros disponíveis. Tem muita gente que se chateia tanto na vida que não dá mais nenhum ombro para ninguém.

Um beijo querida.

Miss Yang disse...

Mayara, a Flávia, do Compartilhando me disse para ler esse post. Na verdade ela até linkou ele pra mim nos comentários.
Agora sei e entendo por que.
Eu sou você no Japão.
Pode parecer piada, aliás é o que mais faço quando algo ruim acontece comigo, mas é verdade.
Meu último exemplo foi um casal de amigos de muitos anos aqui. Só se lembraram novamente de mim já no aeroporto minutos antes de embarcar. Ela me ligou e disse que nunca esqueceu de mim, que eu valia ouro e que a casa dela estará aberta pra mim em SP.
Talvez na outra vida, quem sabe.
Mas é assim mesmo. Fazer o que.
Espero que lembrem mais de nós no futuro! Um beijo!