" Deixo onde passo os meus pés no chão, sou só mais um na multidão" (Marisa Monte)
Acho que todas as pessoas que eu conheço se ressentem de às vezes descobrirem que não são únicas. Não que elas deixem de ser especiais ou de ter qualidades e dons que deveriam ser únicos, mas é que hoje em dia é praticamente impossível tem um pensamento que seja só seu: ele vira exclusivo pelo momento, que é só seu, mas a verdade é que alguém sempre sentiu antes o que vocês esté sentindo agora, muitas pessoas já estiveram na mesma situação ou em situações parecidas, muita gente já teve o mesmo problema. Eu particularmente acredito que ai está a causa do aumento do número de tatuagens, de piercings, de expressões artísticas, de livros, todo mundo está em busca da sua individualidade, daquilo que te define como ser humano único e potencialmente "melhor" que alguém em alguma coisa.
O fato é que em duas vezes na minha vida aconteceram coisas que só acontem "com um em um milhão" e, em nenhuma das duas, eu fiquei feliz. Acho que eu sou uma pessoa azarada, quando se trata desse tipo de coisa, porque os dois fatos que me aconteceram tinham a ver com a minha saúde: na primeira eu só tinha 12 anos e fiz uma pequena cirurgia de desvio de septo, coisa rápida e simples, segundo o médico, saí do hospital no mesmo dia e teoricamente sem problema algum. O problema, veio na verdade, umas semanas mais tarde quando eu voltei ao médico para tirar o curativo e verificar a cicatrização. Só que o curativo não saía. Doeu pra burro, médico não sabia mais o que fazer, não saía de jeito nenhum. Resumindo a ópera, meu nariz teve uma supercicatrização ultra-blaster-rápida, e cicatrizou o curativo junto. Lá vai eu recomeçar a cicatrização toda de novo, a base de antibióticos e bla bla bla. Segundo o médico, na época a chance de isso acontecer era de uma em 100.000. Dá pra ter noção?! Não queria ser especial desse jeito!
A segunda "manta" que eu tomei da minha saúde é mais recente, especificamente de uns quinze dias atrás: apareceu uma mancha no meu braço, e como eu tinha ido à uma piscina desconhecida, achei que estava com uma micose. Dois dias depois, eu estava com 15 manchas, espalhadas entres costas, barriga e pernas e entrei em pânico. Fui à dermatologista desesperada e ela disse que eu podia ficar tranquila, que não era micose, era Pitiríase Roséa, que é uma infecção viral, duraria dois meses e que eu podia ficar tranquila que não daria no rosto, porém, não poderia tomar sol. Aqui minha história se divide em duas:
1) Minhas férias marcadas pra semana passada, estava de viagem marcada pra Fortaleza. Cancelada, fiquei em casa brincando de Bridget Jones e engordando.
2) Meu rosto está cheio de manchinhas. Como acontece em um em um milhão de casos.
E aí, alguém que ser especial comigo? Pois estou louca pra ser só mais um na multidão.
5 comentários:
Há pouco disse que seu post sobre sua amiga era muito triste.
Em compensação este é hilário (e trágico).
Não me contive e ri quando li: "Não queria ser especial desse jeito!" rs
Mayara, adoro seu jeito sincero e tragicômico para relatar fatos da sua vida. Você realmente tem uma escrita super inteligente!
Bj
May, é assim mesmo, menina..acredito que "coisas que não acontecem com ninguém" acontecem com muitas pessoas pelo menos uma vez na vida...relaxe!! Beijos, May, bom final de semana!
Acho que vou passar essa, heheheh! Querida, espero que o destino lhe reserve surpresas agradáveis daqui para frente!
Obrigada pelas palavras de carinho lá no blog!
Beijo
Adri
Pô é muito azar junto. só acontece com uma pessoa em mil, rsrsrs
Desculpe-me mas não resisti.
Espero que você fique melhor logo e que não te apareçãm mais péculiaridades como essa na sua vida!
Ow Mayara, que pena... Mto chato isso msm.. Mas olha, relaxa, já vi coisas muuuuuito piores. Tem pessoas q tem doenças raríssimas e q são uma verdadeira maldição em suas vidas, q bom q esse nao é o seu caso. Seja mais positiva! Está td bem, bjus! :)
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