quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Elogio e loucura

Lembra que eu falei aqui sobre sinceridade demais? Ontem eu vi uma cena surreal que me fez pensar mais sobre o assunto: basicamente uma colega de trabalho falou para outra, com quem não tem a mínima intimidade, sobre como ela estava barriguda, o que estava acontecendo que ela tava engordando tanto. Isso em voz alta e na presença de vários outros colegas de trabalho. Tem dó, né?!Achei absolutamente inconveniente e falei na hora “ Isso é lá coisa que se diga?”. Não adiantou nada, mas pelo menos manifestei minha indignação de gordinha que não quer ser reparada e muito menos advertida sobre o fato.

Esse episódio me fez querer escrever sobre uma coisa que aconteceu há algumas semanas e eu ainda estava digerindo: um elogio bem intencionado que foi mal aceito. Eu, como gordinha, sempre reparo quando alguém emagrece, e como sei que as mulheres geralmente gostam que notem que elas emagreceram (pelo menos a de meu convívio) comentei com uma colega de trabalho com quem converso às vezes:

-Nossa, como você emagreceu! - E abri aquele sorrisão.
A pessoa ficou olhando pra mim por uns 30 segundos sem falar nada, com uma cara meio esquisita, meio feia. Aí emendei:

-Isso é um elogio!

Ai ela deu um sorriso e falou:

-Ah, se é um elogio... obrigada.

Basicamente, a pessoas estava cheia de problemas pessoais que eu desconhecia na ocasião e que não vêm ao caso, e por isso estava emagrecendo. Ela via a magreza como um reflexo de todas as coisas ruins que estavam acontecendo e por isso, não via como bom estar magra.

Tudo isso para contar para vocês que eu aprendi uma lição valiosa: até para elogiar é preciso conhecer bem a pessoa. Eu nunca tive o hábito de fazer falsos elogios ou “puxar saco”, mas depois desse “causo” fiquei muito mais ponderada antes de abrir minha boca, e pode parecer óbvio para vocês, mas interiorizei a ideia de que nem sempre o que é bom ou bonito para mim, o seja também para o outro.
P.s: Faltam 23 dias para o casamento, ainda não tenho centro de mesa, alguém tem alguma ideia abençoada? Minha ideia era colocar as toalhas de mesa em vermelho e uma claquete preta e branca como enfeite. Porém, o buffet não tinha toalhas como eu imaginei, as que eles tinham pareciam roupa do papai noel, vermelha de cetim sabe? Então acabei optando por usar preta, o que acabou com a ideia do centro...SOCORRO!

2 comentários:

Patty disse...

Mayara, o comentário da colega não foi sinceridade, foi indiscrição. Não, corrijo-me, falta de educação mesmo. E quanto ao teu comentário, é normal dar uns foras de vez em quando, eu pelo menos sou a rainha dos foras. Mas reconheço na hora e fica tudo bem.
Ah, centro de mesa. Por que não opta por algo simples? Já que a toalha é preta, um arranjo de flores brancas? Ou vermelhas? Quem sabe dá para enfeitar o arranjo com umas claquetes em miniatura? Bjs.

Adelaide Araçai disse...

Amiga, eu sou adpeta que o silencio por vezes vale ouro, e se sua colega não tinha nada de bom para falar da ourta que se mantivesse calada.
Sou adepta também da máxima que um elogio sempre melhora o humor, então sou daquelas que gosta de elogiar, ou a cor da blusa, ou o penteado, os olhos, até a aura da peeoa por vezes gosto de resaltar. Já trabalhei com tanta gente pessimista que bastava vc piscar que ela te colocava lá embaixo. Mas se não for bom prefiro ficar calada, assim como quando alguém pergunta tudo bem? ótimo!(respondo) depois se tiver intimidade posso até contar meus problemas mas de praxe sempre opto pelo básico e de bom tom.

Muita Luz e Paz
Abraços