Eu
acho que ando na contra mão do mundo: sou tão contraditória que nem
eu me entendo. O que eu acho engraçado é eu ficar menos careta
depois de velha, às vezes me surpreendo com o nível de
conservadorismo que ando vendo em mim: critico muitas pessoas que
ainda fazem ou que eu fazia 10 anos atrás, como cair de bêbado na
rua, fumar ou viver de beber o que os outros dão. Sim, eu já fiz
isso quando era nova, mas não me serve mais. Acho que fiz a travessia e me pego pensando sobre quando as pessoas que eu já
chamei de amigos a farão. Será que eles nunca vão crescer? Será
que dá para passar o resto da vida sendo sustentado, na casa da
mãe, e tendo como único objetivo saber tudo de um ídolo qualquer?
Dá? Para mim, não deu.
Mas
eu acho que sofro de algum tipo de “excesso de responsabilidade e
culpa”: me sinto culpada por tudo, me preocupo com todo mundo,
quero sempre fazer o que é certo. Não é saudável, mas é o meu
jeitinho, até aí, tudo bem. O que mais me choca é o quanto eu ando
crítica: em um plano racional eu sei que não devia pensar mal das
outras pessoas por não fazerem a mesma escolha que eu fiz, mas, por
outro, será que é pedir muito querer que um cidadão de 30 anos
pague as próprias contas?
Não sei, muitas dúvidas nessa
segunda-feira!
Boa semana para vocês :)
4 comentários:
Engraçado... Eu penso exatamente assim! Acho que somos gêmeas de alma.
Demorei para aprender que cada um evolui a seu tempo. Eu tentava "consertar" todo mundo na base do grito, fiz muita gente chorar e mesmo assim não conseguia grandes avanços e eu ficava mal depois, então mudei a unica pessoa que eu posso, Eu mesma. Agora aceito e só falo se a pessoa pedir....e mesmo assim não mando mais em ninguem, apenas esclareço que cada escolha tem sua consequencia.
Sofro menos agora.
Abraços
Gostei de suas palavras npos textos que li. Estou te seguindo e aos poucos poderei comentá-los melhor.
Estou cada vez menos careta, pode ser que um dia eu venha a ser totalmente liberal e concorde que alguém more de graça na casa da mamãe de papo para o ar. Talvez, quando eu tiver 80 anos? Ainda não cheguei lá, preciso envelhecer. Mas sou como a Adelaide, me reformei e não dou mais opinião na vida de ninguém. Todo mundo é livre para fazer o que quiser - só não venha reclamar depois. Certo? É a velha história de chorar sobre o leite derramado. Viu? Continuo certinha.
Bjs.
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