segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Contra-cultura?


Eu acho que ando na contra mão do mundo: sou tão contraditória que nem eu me entendo. O que eu acho engraçado é eu ficar menos careta depois de velha, às vezes me surpreendo com o nível de conservadorismo que ando vendo em mim: critico muitas pessoas que ainda fazem ou que eu fazia 10 anos atrás, como cair de bêbado na rua, fumar ou viver de beber o que os outros dão. Sim, eu já fiz isso quando era nova, mas não me serve mais. Acho que fiz a travessia e me pego pensando sobre quando as pessoas que eu já chamei de amigos a farão. Será que eles nunca vão crescer? Será que dá para passar o resto da vida sendo sustentado, na casa da mãe, e tendo como único objetivo saber tudo de um ídolo qualquer? Dá? Para mim, não deu.
Mas eu acho que sofro de algum tipo de “excesso de responsabilidade e culpa”: me sinto culpada por tudo, me preocupo com todo mundo, quero sempre fazer o que é certo. Não é saudável, mas é o meu jeitinho, até aí, tudo bem. O que mais me choca é o quanto eu ando crítica: em um plano racional eu sei que não devia pensar mal das outras pessoas por não fazerem a mesma escolha que eu fiz, mas, por outro, será que é pedir muito querer que um cidadão de 30 anos pague as próprias contas? 
Não sei, muitas dúvidas nessa segunda-feira! 
Boa semana para vocês :)

4 comentários:

Nany disse...

Engraçado... Eu penso exatamente assim! Acho que somos gêmeas de alma.

Adelaide Araçai disse...

Demorei para aprender que cada um evolui a seu tempo. Eu tentava "consertar" todo mundo na base do grito, fiz muita gente chorar e mesmo assim não conseguia grandes avanços e eu ficava mal depois, então mudei a unica pessoa que eu posso, Eu mesma. Agora aceito e só falo se a pessoa pedir....e mesmo assim não mando mais em ninguem, apenas esclareço que cada escolha tem sua consequencia.

Sofro menos agora.

Abraços

Anabela Jardim disse...

Gostei de suas palavras npos textos que li. Estou te seguindo e aos poucos poderei comentá-los melhor.

Patty disse...

Estou cada vez menos careta, pode ser que um dia eu venha a ser totalmente liberal e concorde que alguém more de graça na casa da mamãe de papo para o ar. Talvez, quando eu tiver 80 anos? Ainda não cheguei lá, preciso envelhecer. Mas sou como a Adelaide, me reformei e não dou mais opinião na vida de ninguém. Todo mundo é livre para fazer o que quiser - só não venha reclamar depois. Certo? É a velha história de chorar sobre o leite derramado. Viu? Continuo certinha.
Bjs.